Ao procurar ”otorreia” nos motores de pesquisa, encontra-se, à princípio, a seguinte definição: substantivo feminino que corresponde a corrimento mucoso ou purulento pela orelha. No entanto, apesar dessa sucinta exposição (que pode ser vista no primeiro resultado alcançado), a otorreia traz consigo um comprido contexto.
O termo, que está relacionado a um sintoma auditivo, merece atenção e, portanto, investigação. Segundo a literatura médica, o corrimento mencionado é a drenagem de líquido por meio da orelha, podendo ele ser seroso, serossanguinolento ou purulento… bom, são tantos os vocábulos que é até possível haver confusão, mas segue a explicação: seroso é a qualidade de serosidade. Esse, por sua vez, é um líquido orgânico transparente. No contexto do corpo humano, ele seria uma espécie de ”soro”. Quando junto ao sangue, compõe o segundo termo: serossanguinolento. Já a secreção purulenta é aquela em que há a presença de pus. Entre os sintomas associados, podem aparecer dor, febre, coceira, vertigem, zumbido e até mesmo perda auditiva, temporária ou não.
Há algumas causas para a doença, mas em geral as mais comuns são: otite média aguda com perfuração da membrana timpânica; otite média crônica também com perfuração da mp e/ou colesteatoma; otite externa. Entre os casos mais graves estão a otite externa necrosante e tumores malignos na orelha e região.
Alguns sinais, como traumatismo craniano recente, febre, eritema do tecido da orelha, diabetes e imunodeficiência são motivos de alerta. Isso, porque a orelha e as regiões próximas precisam ser inspecionadas para descartar edemas e outras complicações. Dessa forma, a otoscopia pode diagnosticar algumas causas das doenças mencionadas e, assim, cessar a otorreia. Outros sintomas menos específicos podem indicar problemas mais graves e que envolvam mais de um distúrbio. Sendo assim, a avaliação clínica e a posterior investigação da otorreia é extremamente importante para o bem estar da saúde auditiva.
Como o sintoma pode ter inúmeras causas, o tratamento apenas deve ser prescrito conforme a origem. Assim, torna-se mais claro ainda a importância de descobrir qual é a raiz da problema, concorda?
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Referências: Universidade de São Paulo, MSD Manuals.