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Fones de ouvido podem prejudicar a audição

Publicado por Fonaudio em 14 de junho de 2021

Como tudo na vida, a diminuição da capacidade de ouvir é algo natural. Cerca de metade dos idosos com mais de 80 anos apresentam deficiência auditiva. Entretanto, o que ocorre majoritariamente na velhice, tem se tornado cada vez mais comum em jovens e adultos. Hoje, um dos maiores inimigos da preservação auditiva é o volume em demasia. Para alguns, quanto mais alto o som, maior a emoção, e não está de todo modo errado, uma vez que há a liberação de endorfina. Contudo, as consequências desse hábito podem ser irreversíveis, sendo capazes de levar à surdez.

O ouvido humano, o mais sensível dos órgãos, apresenta extraordinária sensibilidade aos sons, sendo capaz de ouvir frequências vibratórias baixíssimas. A audição começa pelo ouvido externo, onde a cera se acumula. Sua atuação consiste em um amplificador sonoro, ou seja, ele é responsável por captar e amplificar o som.

Já o ouvido médio é formado por uma membrana, o tímpano, por ossos – estribo, bigorna e martelo – e por músculos, estapedio e tensor do tímpano. Os ossos facilitam a chegada da energia sonora que vem do tímpano para o interior da estrutura. Deste modo, a onda sonora que atinge o ouvido faz vibrar o tímpano. Ao vibrar, ele movimenta os ossos que, por sua vez, pressionam o líquido existente nas escalas, estrutura que compõe a cóclea.

Localizada no ouvido interno, a cóclea possui células ciliadas responsáveis pela transformação das vibrações sonoras recebidas em ondas elétricas, linguagem que o nosso cérebro é capaz de entender. Se o som for muito alto essas células são destruídas e não se regeneram, prejudicando, dessa forma, a habilidade de ouvir.

Seja na academia, em uma corrida no parque, no momento de descanso ou até mesmo no trabalho, o uso inadequado dos fones de ouvido pode provocar sérias lesões, levando à perda auditiva por exposição excessiva a ruídos. Esse problema se desenvolve quando o limite saudável de som que as células ciliadas conseguem suportar é ultrapassado, ou seja, acima de 85 decibéis. Além disso, o tempo de exposição é inversamente proporcional a intensidade do som emitido, ou seja, quanto mais alto o ruído, menor é o tempo que nossos ouvidos conseguem ouvir sem sofrer nenhum tipo de dano. À título de comparação, normalmente uma conversa emite de 65 a 70 decibéis de intensidade.

Em alguns casos, a exposição a ruídos hostis, como no trânsito ou no ambiente de trabalho, por exemplo, não pode ser evitada. Porém, no caso do uso dos fones de ouvido, essa exibição pode ser controlada.  

Ademais, o som alto entrando diretamente nos ouvidos, pode provocar dores de cabeça, sintoma comum em pacientes que já apresentam quadro de perda auditiva.

Apesar dessa condição não ser considerada uma doença grave e letal, diminuir ou perder, em casos mais graves, a capacidade de ouvir, pode diminuir a qualidade de vida. Dependendo da extensão do problema, pode até mesmo impedir que atividades cotidianas sejam realizadas, caso não seja realizado o tratamento adequado.

Ouvir os sons da vida é algo prazeroso, portanto, preze por sua audição!

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