A acessibilidade é um assunto que já foi tratado por aqui, você se lembra? No entanto, diferente daquele, hoje falaremos sobre a importância de oferecer acessibilidade num dos veículos de comunicação mais ‘’populares’’ do século XXI, a internet.
O termo ‘’populares’’ está entre aspas de propósito. Apesar da enorme quantidade de usuários da rede, cerca de 4.6 bilhões de pessoas, uma parte dessa estatística não é contemplada por ela de forma integral.
‘’Como assim?’’ – Você deve estar se perguntando.
Bom, nem todas as facetas do mundo digital oferecem acessibilidade, e não é muito difícil imaginar o quanto isso exclui uma margem grande de pessoas, não é mesmo? Pois bem, pensando na produção audiovisual, destacamos alguns pontos super importantes quando o desejo é incluir diversidade. Vamos lá?!
- Legendas – não é todo mundo que pode ouvir, certo? Nesses casos, o mais legal é incluir legenda em vídeos. Hoje, existem vários softwares e aplicativos que cumprem essa tarefa, ou seja, sem desculpa para a falta de acessibilidade, ein?!
- Contraste – nada pior que ler um texto bege num fundo branco. Se essa não é a sua realidade, é a outros. Por isso, o contraste em vídeos e imagens é tão importante, pois ajuda na identificação de formas e letras.
- Audiodescrição – a audiodescrição é outra ferramenta incrível com um poder de acessibilidade enorme. Geralmente, é utilizado para deficientes auditivos, que ouvem, mas não podem ver as cenas. Imagine o jogo do Brasil na final da Copa do Mundo não disponível para os deficientes visuais?
- Libras – você sabia que a língua brasileira de sinais é, na maioria das vezes, a primeira língua de um surdo? Pois é, muita gente acha que todos os surdos sabem português, mas isso não é verdade. E sim, a libras é diferente do português. (Nós temos um artigo lindo só sobre línguas de sinais!)
Já assistiu algum programa em um idioma que você desconhecia? É bem isso.
- Sites navegáveis por teclado – existem algumas deficiências físicas que limitam a coordenação motora, prejudicando a operação de um mouse. Nesses casos, uma tarefa simples para você pode ser algo extremamente difícil para outros.
- Opção de aumento da fonte – quem possui baixa visão enfrenta uma dificuldade enorme para enxergar letras miúdas.
- Vídeos bem iluminados e com visibilidade facial – o rosto faz parte da comunicação e isso você já aprendeu aqui com a gente, lembra? A leitura das expressões, assim como a leitura dos lábios, é utilizada por muitas pessoas, nem sempre por portadores de deficiência.
- Opção para desligar animações – no autisma, as pessoas podem entrar em crise quando super estimuladas, seja por sons ou animação. Desse modo, ter uma opção para desabilitar animações e sons é uma boa opção.
- Descrição de imagens – na deficiência visual, assim como na cegueira, muitos pacientes utilizam leitura de tela para conseguir uma descrição das imagens. Assim, quando alguém produz um conteúdo com uma imagem, ela não pode ser ‘’lida’’ pelo leitor, mas pode ser por meio desses dispositivos disponíveis (isso, quando a imagem está com um texto descritivo, ok?).
Nos veículos tradicionais de comunicação, é comum encontrarmos algumas dessas opções de acessibilidade. Nos discursos políticos, por exemplo, sempre notamos um intérprete de libras à postos. Na programação da televisão aberta, há também a opção de ‘’closed caption’’, uma forma de legenda a cada um dos programas. Contudo, quantas dessas opções você já viu na internet? É isso o que queremos que você note. No YouTube já estão disponibilizadas as legendas automáticas, o que é um passo a mais rumo ao acessível. Apesar disso, a plataforma abrange uma parte pequena do universo da internet.
Assim, é importante que todos lutem por uma igualdade verdadeira. Com tantos avanços tecnológicos, uma coisa é certa: não deve ser tão complicado implementar essas ações. A luta de um, é a luta de todos.
Se você é produtor de conteúdo, que tal começar a pensar em outros públicos? A acessibilidade deveria ser garantida a todos!